FABULAÇÃO E CONFABULAÇÃO

 FABULAÇÃO E CONFABULAÇÃO 


A situação em que a pessoa afirma ter feito algo que realmente não fez pode ter diferentes nomes, dependendo do contexto e da intenção por trás da afirmação. Algumas terminologias comuns são:


1. Fabulação:


Definição: Descrever eventos imaginários como se fossem reais, geralmente sem intenção de enganar.

Exemplo: Uma pessoa com demência pode contar histórias detalhadas sobre eventos que nunca aconteceram, acreditando que são verdadeiras.

2. Mentira:


Definição: Afirmação falsa feita com a intenção de enganar ou manipular.

Exemplo: Uma pessoa pode mentir sobre ter feito algo para evitar punição ou obter alguma vantagem.

3. Confabulação:


Definição: Preenchimento de lacunas na memória com informações inventadas, geralmente de forma inconsciente.

Exemplo: Uma pessoa com demência pode não se lembrar de ter feito algo e, para compensar a falha de memória, cria uma história falsa sobre o que aconteceu.

4. Pseudologia fantástica:


Definição: Mentira patológica, caracterizada por histórias fantasiosas e elaboradas, sem motivo aparente para enganar.

Exemplo: Uma pessoa pode inventar histórias complexas sobre suas realizações ou experiências, buscando atenção ou admiração.

Relação com demências:


Nas demências, a fabulação e a confabulação são mais comuns, especialmente em casos mais graves. A desorientação temporal e espacial, a dificuldade de memória e a perda de capacidade de julgamento podem levar a pessoa a acreditar em eventos que nunca aconteceram ou a inventar histórias para preencher lacunas na memória.


Outras causas:


É importante ressaltar que a fabulação e a confabulação não são exclusivas de demências. Elas podem ocorrer em outras condições que afetam a cognição, como traumatismo craniano, AVC, epilepsia, delirium e até mesmo em pessoas saudáveis em situações de estresse ou cansaço extremo.


Diagnóstico e tratamento:


O diagnóstico da causa da fabulação ou confabulação é essencial para o tratamento adequado. Em casos de demência, o tratamento geralmente se concentra em controlar os sintomas da doença e fornecer suporte à pessoa e seus familiares.


Dicas para lidar com a fabulação e confabulação:


Seja paciente e compreensivo.

Evite confrontar a pessoa diretamente sobre a veracidade de suas histórias.

Redirecione a conversa para tópicos que não sejam confusos ou controversos.

Incentive a participação em atividades que estimulem a memória e a cognição.

Procure ajuda profissional se a fabulação ou confabulação estiverem causando problemas significativos na vida da pessoa.

Lembre-se:


A fabulação e a confabulação não são necessariamente sinais de demência.

O diagnóstico preciso da causa é fundamental para o tratamento adequado.

Seja paciente e compreensivo com a pessoa que está passando por essa situação.


#psicoterapiavidaplena

Comentários

Postar um comentário

Postagens mais visitadas deste blog

FELICIDADE REALISTA {Martha Medeiros}

< Martha Medeiros> A princípio, bastaria ter saúde, dinheiro e amor, o que já é um pacote louvável, mas nossos desejos são ainda mais complexos. Não basta que a gente esteja sem febre: queremos, além de saúde, ser magérrimos, sarados, irresistíveis. Dinheiro? Não basta termos para pagar o aluguel, a comida e o cinema: queremos a piscina olímpica e uma temporada num spa cinco estrelas. E quanto ao amor? Ah, o amor.. não basta termos alguém com quem podemos conversar, dividir uma pizza e fazer sexo de vez em quando. Isso é pensar pequeno: queremos AMOR, todinho maiúsculo. Queremos estar visceralmente apaixonados, queremos ser surpreendidos por declarações e presentes inesperados, queremos jantar à luz de velas de segunda a domingo, queremos sexo selvagem e diário, queremos ser felizes assim e não de outro jeito. É o que dá ver tanta televisão. Simplesmente esquecemos-nos de tentar ser felizes de uma forma mais realista. Ter um parceiro constante, pode ou não, ser sinônimo de
Leia mais

PROPOSTA PARA ATENDIMENTO PSICOTERÁPICO

  Nossa proposta de atendimento hospitalar é de praticar uma psicoterapia baseada em experiência de atendimento psicoterápico na linha humanista, mais especificamente utilizando a Abordagem Centrada na Pessoa. Esta abordagem foi criada pelo psicólogo e professor norte-americano, Carl Rogers. O atendimento dentro desta abordagem, parte do princípio de que todo ser humano é dotado de possibilidades. Isto é, possui capacidade de se atualizar constantemente, bastando para isto ser criado condições adequadas. A psicoterapia rogeriana coloca no centro da atenção a pessoa e não a patologia, daí a denominação Psicoterapia Centrada na Pessoa. Além de valorizar as potencialidades da pessoa, o terapeuta centrado no cliente terá que apresentar algumas características próprias que facilita uma relação de confiança entre cliente e terapeuta, que são: aceitação incondicional, que é aceitar a pessoa como ela é. Compreensão empática que consiste em compreender o cliente, vendo os fatos a partir do pont
Leia mais

ENQUANTO OS SEUS PAIS ENVELHECEM DEIXE-OS VIVER!

 ENQUANTO TEUS PAIS ENVELHECEM, DEIXA-OS VIVER … “Deixa-os envelhecer com o mesmo amor que eles te deixaram crescer … deixa-os falar e contar repetidamente as histórias com a mesma paciência e interesse que eles escutaram as tuas quando eras criança … deixa-os vencer, como tantas vezes eles te deixaram ganhar … deixa-os conviver com os seus amigos, conversar com os seus netos … deixa-os viver entre os objectos que os acompanharam ao longo do tempo para não sentirem que lhes arrancas pedaços das suas vidas … deixa-os enganarem-se, como tantas vezes tu te enganaste … DEIXA-OS VIVER e procura fazê-los felizes na última parte do caminho que lhes falta percorrer, do mesmo modo que eles te deram a mão quando iniciavas o teu.” -   (autoria desconhecida)
Leia mais